Tudo nos Pearl Jam parece ter mudado gradualmente nos últimos anos: a abordagem à escrita de canções (coisa para se fazer em viagem, cada vez menos o exercício interior de outros tempos), a relação com os fãs (menos dramática mas masi próxima), a gravação de discos (momento nascido, aparentemente, mais de uma jam session que de qualquer sessão de produção pensada e avaliada uma e outra vez). Mas sobretudo, o mediatismo e a relação coma indústria do entretenimento e com o capital comercial. Os primeiros sons do novo álbum (Backspacer, a editar segunda-feira) foram escutados num anúncio televisivo nos EUA. Agora é o próprio álbum que tem um anúncio, como qualquer outro produto de retalho que se preze. Tudo isto sem juízos de valor, apenas a constatação dos factos, face a uma banda que durante anos professou o distanciamento face a tais hábitos:
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