Minha mãe me mandou um e-mail esses dias com um texto muito legal e deu a dica deu pôr no blog. É, a família toda tá colaborando agora. Mas acontece que o texto é bom mesmo e chega perto de abordar um tema que eu já queria escrever sobre já faz um tempo.
O texto aparentemente não tem autoria, então fica aí a vaga.
“Brasileiro sempre teve mania de reclamar dos seus governantes. Reclamava dos governantes das Sesmarias e das Capitanias Hereditárias; dos governadores gerais e dos imperadores. Reclamava dos presidentes da Velha República e da República Velha, dos militares, de Sarney, de Collor, do Itamar, de FHC, de Lula. Não reclamaram de Tancredo Neves porque morreu antes da posse!
Nas próximas eleições vamos ter novo presidente, novo governador, outros deputados, ou os mesmos! Mas o povo vai continuar a reclamar. Sabe por quê? Por que o problema não está nos deputados, senadores, governadores, prefeitos, presidente, funcionários. O problema está naquele que reclama: você e eu, nós! O problema está no brasileiro. Afinal, o que se poderia esperar do povo que sempre da um jeitinho? Um povo que valoriza o esperto e não o sábio? Um povo que aplaude o vencedor de um Big Brother, mas não sabe o nome de um escritor brasileiro? Um povo que admira o pobre que fica rico da noite para o dia! Ri quando consegue puxar TV a cabo do vizinho. Sonega tudo o que pode e quando pode, sonega até o que não pode. O que esperar de um povo que não sabe o que é pontualidade? Joga lixo na rua e reclama da sujeira? O que esperar de um povo que não valoriza a leitura? O que esperar de um povo que finge dormir quando um idoso entra no ônibus? Prioriza o carro ao pedestre? O que dizer de um povo que elege o Maluf de novo, elege o Clodovil?
O problema do Brasil não são os políticos, são os brasileiros. Os políticos não se elegeram, fomos nós que votamos neles. Político não faz concurso, ganha votos: o seu e o meu.”
Não deixa de ser verdade, eu ainda acrescento, existe outro problema que é o conformismo. O brasileiro deve ter alguma carência, alguma vontade de se encaixar em todos os grupos, sei lá. O fato é que as pessoas parecem ter um bloqueio de dizer “não”, alguma coisa proíbe o cérebro delas de serem contra a opinião alheia. Eu já observei isso acontecer várias vezes e como sou taxado de “do contra” ou “criador de caso”, vejo isso com grande curiosidade. A minha teoria é de que o brasileiro tenta não desagradar o seu próximo. Não sei o porque disso.
Acontece toda hora, quando o caixa do supermercado não te da a droga do um centavo (dá minha moedinha!), quando alguém fura fila (aê, eu cheguei antes de você aqui, amigão!) e existem trocentos exemplos do dia-a-dia.
Alguns pesquisadores aparentemente chegaram ao cúmulo de estudar um fenômeno parecido que eles denominaram conformidade e que se relaciona muito com o brasileiro também. Segue o vídeo explicando abaixo.
A meu ver a situação tem duas soluções. Uma e simples e a outra nem tanto. Apesar da nem tanto ser bem mais divertida.
Na nem tão simples, fazemos como na revolução francesa e botamos algumas cabeças pra rolar. Claro que não necessariamente precisa ser com guilhotina. Isso seria desumano. Poderia ser pelotão de fuzilamento ou enforcamento. Tanto faz. Mas limpar um pouco o país dos políticos não faria mal nenhum.
O grande problema dessa opção é a falta de organização e de atitude do brasileiro. Vontade de se sujar um pouco pra fazer uma limpeza.
Na segunda opção, bem mais simples, porém muito improvável ainda, é a seguinte:
Achei a imagem no blog Alê Félix.
Nada poderia ilustrar melhor. Simples assim, vote nulo. Toda eleição que aparece eu encho o saco das pessoas que eu conheço, explicando isso. Vote nulo, se você acha que nenhum dos políticos merece o seu voto, não vote no menos pior, porque ele não sabe que você votou no menos pior, para a estatística o que fica parecendo é que você votou no cara porque gosta e apóia as suas idéias.
Passe a mensagem certa e vote nulo. Avise para os políticos que você não os quer mais no poder. Poder esse que, por experiência, você sabe que eles só usam para nos ferrar.
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